A vontade, ou seria a mesma?
Que o que muda
Na verdade, não é outra
Senão aquela
Que a escuda
E acautela.
Obstinada
Enganada
Convencida
De que a tem
Acolhida
Recolhida
E até, refém!,
De si, que nada pode
E nada faz
E que ao perceber
Enfim
Que nada acode
E nada traz
A mais,
Desiste
Confusa
Esgotada
E triste
Por impotente.
E é então
Que a musa
E a vontade
Trocam de posição:
Daí para a frente
A reclusa
Será a razão
E a vontade,
Senhora
De si
E da razão
(pouca)
Que subsiste
E que sorri
Agora
Enquanto assiste
Aliviada
Aos desígnios
Da vontade
Concretizada.
Imagem retirada daqui
Vega, aka C.V.O.