E, de repente, o clarão de um relâmpago, para se fazer luz. E o despontar de um novo dia, onde os caminhos se multiplicam, claros e definidos, como se despertassem de um sono profundo.
Sunday, October 30, 2011
A luz
E, de repente, o clarão de um relâmpago, para se fazer luz. E o despontar de um novo dia, onde os caminhos se multiplicam, claros e definidos, como se despertassem de um sono profundo.
Sunday, September 04, 2011
Ir e ficar
Assim, fico presa vendo o vento passar e arrancar as outras folhas, deixando-me a sós com a árvore despida. Espero e penso, solto uma lágrima de lamento, mas decido ficar, só mais uma vez. Porque não quero largar esta árvore. Porque esta é a minha árvore. Porque ser-lhe fiel não é um dever mas um acto de amor, uma necessidade e uma impossibilidade de ser de outra maneira, e nem que as outras folhas me gozem, é aqui que eu quero ficar, à espera que os ramos se voltem a encher de vida, e mais tarde a despir e a vestir de novo…
Estará a razão do lado de quem? De ninguém, pois ela simplesmente não existe aqui. Quem será mais feliz afinal? Não sei… Haverá alguém mais feliz?
São perguntas difíceis, quase retóricas, e eu só posso adiantar a mesma resposta sempre, bem simples afinal:
Esta é a minha árvore!…
Imagem daqui
Sunday, July 03, 2011
Calar
Friday, April 01, 2011
Vão caindo
Sunday, March 20, 2011
Transformação
Nunca pensei que estes dias difíceis, cinzentos, penosos, oprimidos, se enchessem de tanta vida própria e criassem uma identidade tão definida...
Tuesday, January 25, 2011
Palavras em espera por tempo indeterminado
Não tenho mais palavras. Não tenho mais palavras porque tu mas levaste, num ápice, e porque eu própria te ajudei a despir-me delas, com receio de que alguma ficasse para me denunciar. Uma vez todas cá fora, recolhi-as uma a uma, em pezinhos de lã, enquanto tu ainda dormias, e pela hora da madrugada, quando todos ainda dormiam e não havia estores abertos, acordei mais cedo e fui espalhá-las por toda a cidade. Escondidas, é claro, pois era esse o propósito de tanto secretismo. Agora, as palavras que eram minhas contemplam a vida que passa do sítio onde as deixei, guardando a promessa de que, um dia, voltarei para as ir buscar. E agora aí estão, caladas, na expectativa, umas vezes serenas outras vezes inquietas, no entanto felizes com a mudança, e excitadas pela incerteza do dia em que vou aparecer para as ir buscar…
Vega, aka C.V.O.