Sunday, January 29, 2006

O termómetro desceu aos zero (Celsius...)


E, de repente, o mundo ficou mais branco... qualquer que fosse a janela por onde olhasse.








Saturday, January 28, 2006

Uma questão de tempo


Um dia, ouvi:


"Não é o sol que se põe, mas simplesmente a Terra que roda."

Com o lento escorrer dos dias que se seguiram (lento?... parece-me agora tão fugaz!), difíceis, alguns, sim, percebi o quanto é inútil ficar imóvel, expectante, a suplicar por dias melhores. É preciso dar tempo ao tempo. Deixar o tempo passar. Respeitar a cadência do tempo. E passar ao mesmo tempo que ele. Se não acompanharmos a rotação da Terra, o tempo não passará certamente. E os dias melhores não virão.

Não adianta ficar parado à espera que o tempo passe. O tempo só passa se passarmos com ele.

Está escuro? O céu carregado de nuvens? Sem nesga de sol? É, pois, altura de pôr ponto final, respirar fundo, e começar um novo capítulo.


Outro dia, muitos dias depois, li:

"When a door closes... look for an open window... but it may take a while to feel the breeze."

E senti como se anunciasse o fim de um capítulo.

Não há dias cinzentos.
Não há becos sem saída.
Há sempre o amanhecer.
Há sempre... algures... uma passagem escondida.


Desconheço o autor da imagem,
mas fui buscá-la aqui


Vega, aka C.V.O.

Saturday, January 21, 2006

Retrospectiva















Desconheço o autor da imagem,
e não me lembro onde a encontrei... :(




A verdadeira história das nossas vidas é tecida de amores e de pensamentos. A outra, não menos verdadeira mas inofensiva, intende, em vão, ludibriar aquela, e é composta dos factos que a alicerçam.

Vega, aka C.V.O.

Saturday, January 14, 2006

Palavras não se medem aos palmos


Costumava dizer a minha avozinha, entre muitas outras amostras da sua imensa sabedoria, que

"Com três letrinhas apenas
se escreve a palavra Mãe.
É das palavras pequenas
a maior que o mundo tem."

E eu descobri, na contracapa de um romance da Clara Pinto Correia (Agrião!), a alegoria perfeita para ilustrar o que a minha avozinha queria dizer:

"Contava sempre aos cachopinhos, que sorviam as suas histórias como goles de vinho doce aquecido com mel e gema de ovo nas vésperas frias de Natal, o caso daquele filho cruel que esfaqueara a mãe para lhe retirar da camisa os magros tostões que ela ganhara com tanto esforço enquanto ele estava na taberna, e depois, enlouquecido, desatara a correr com o coração dela na mão.
- Depois tropeçou numa fraga, ficou de borco na terra, e o coração da mãe foi a rebolar por ali fora. Sabeis o que disse então o coração?
Cresciam de ansiedade os olhos atentos, redondos, dos meninos.
- Disse assim, muito baixinho, que já não lhe cresciam forças para mais: «Magoaste-te, meu
filho?» "

Vega, aka C.V.O.

Desconheço o autor da imagem
(onde é que a terei encontrado?...)