Estudar (o Harrison, pois claro...) distancia-me da beleza das coisas. Relega-me para um espaço estanque, envolto em brumas, que se estreita insidiosamente. Através das brumas que o delimitam, a percepção que tenho do mundo é um tanto ou quanto distorcida. Os objectos surgem-me destituídos da música que lhes pertence, impermeáveis que são as paredes à ressonância própria daqueles.
Nestas alturas um grito bem fundo, daqueles que é preciso ir buscar às entranhas, tem a capacidade de me libertar ao abrir uma brecha na dita redoma de brumas:
AAAAAAAAAHHHH!!!!
Pela brecha saio como um relâmpago e, maravilhada, danço ao ritmo da música que toca lá fora.