Saturday, November 28, 2009

Um ano de desilusões


Este ano, que ainda não terminou, foi um ano de desilusões. Pelos mais diversos motivos, foram várias as pessoas que me decepcionaram, fazendo-me recuar ou virar-lhes as costas abruptamente. Reconheço em mim quase todas as culpas, por não ter dado ouvidos a quem me avisou, por, à minha boa maneira, achar que o que vale é a minha cabeça, e não a dos outros, que o que interessa é o que as pessoas são para nós, e não para os outros, e que, para nós, nunca serão como são, ou foram, para os outros. Atiro para longe, bem longe, até não poder ver, o que dizem os outros, e trago para perto de mim as vivências que partilhei com as pessoas em causa e que constituem a prova de que os outros estão todos errados, são preconceituosos, injustos, ou talvez que, para mim, as coisas funcionam de maneira diferente. Até que, um dia, a verdade nua e crua se chega bem à minha frente, e os olhos nada podem tapar, e os ouvidos ainda se lembram daquilo que lhes foi dito e que fizeram questão de ignorar, e de repente tudo se encaixa e eu reduzo-me à minha condição de impotente. Para mim, as pessoas não são diferentes, afinal, elas são como são, eu é que as quis ver de maneira diferente. E eu não as consegui mudar, porque ninguém muda ninguém, e ainda que algumas facetas possam ser atenuadas, elas hão-de revelar-se, a seu tempo, com toda a intensidade.

Mas são as esperanças que nos fazem sorrir, e é por isso que, para 2010, a minha esperança número um é que seja um ano de surpresas. Surpresas, surpresas, venham daí, para secar as minhas lágrimas com um véu de grandes esperanças.

Vega, aka C.V.O.

Tuesday, November 10, 2009

Dilema

Não sei o que fazer. Se soubesse, não estaria aqui, estaria ali, ou noutro lugar qualquer. E faria assim ou assim, ou aquilo ou isto, ou então nada, se soubesse que era mesmo nada a fazer. Mas ficar aqui, assim, sem nada fazer, ou nada a fazer, só por não saber, não me deixa sossegar. E ir para ali e fazer assim, ou assim, aquilo ou isto, ou então nada, mais me inquieta ainda. Ai! Se soubesse o que fazer só para poder saber, já aqui não estava, certamente, aqui assim sem nada fazer, ou talvez até estivesse, quem sabe, se fosse realmente isso a fazer.


Vega, aka C.V.O.