Como farpas. Mas o sangue que sai não é de dor, nem a saudade
a que faz apelo é desejo de voltar atrás. E, no entanto, escorrem-me lágrimas
que não consigo parar, como se uma nascente cá dentro as soltasse em cascata
desafogada. Só estas gotas de água conseguem materializar o que sinto e não sou capaz de dizer, esta dor
que não é dor e saudade que não é saudade, mas que aperta e dói até às
entranhas, como se fosse dor e saudade.
Um dia, o encanto destas memórias terá outro nome. Já não será
nostalgia, antes a alegria de recordar e a vontade de regressar aonde o passado
marcou e deixou um rastro de luz.
Vega, aka C.V.O.
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