Da névoa se fazem os dias, como castelos moldados da areia informe. Nascem lentos e lentamente ganham formas definidas, pelo trabalho conjunto dos milhares de mãos que os vão esculpindo erraticamente. Crescem depressa, decididos, inflados pelo entusiasmo de os terem tornados dias, castelos. Morrem fugazes, esquecidos, sem direito a despedidas, esfumando-se simplesmente, sem deixar rasto, de regresso à névoa, areia informe.
E o mais curioso dos dias. É que só depois de morrerem. Captamos inteiramente a forma que eles tomaram.
Eles pensam que vão sem rasto... Não sabem como estão enganados!
Vega, aka C.V.O.
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